Ciclo sanar: Agricultura Urbana em Cuba

O apoio da União Soviética ocorreu desde o período da Revolução até 1990. Com a queda do muro de Berlim e final da União Soviética, diminuiu drasticamente a importação da base alimentar cubana vinda destes países. Somado a isso, havia o bloqueio econômico imposto pelos EUA. Cuba passaria por grandes dificuldades para seu "sustento". Quer dizer, nos anos 90 iniciou-se o Período Especial, no qual Cuba teve que passar por várias reformas para impedir que essa crise se mantivesse.

A agricultura Urbana ganhou força e sentido neste período. Com o enfoque de trazer para as cidades alimento de qualidade. A própria cidade e sua periferia seria responsável pela oferta de frutas, verduras, legumes e plantas medicinais.

O estado auxiliou em arrendamentos de terrenos nas periferias das cidades para estruturar as huertas organopônicas. Estas hortas são orgânicas, adubadas com fezes de animais e restos de carpina. Algumas hortas possuem o ponto de venda diretamente no local. Outras repassam os produtos para pontos de venda estruturados no centro da cidade. Estes pontos de venda são pequenas bancas. O repasse dos alimentos para estes locais pode vir também de sítios particulares, chamadas fincas.

Estas bancas em sua maioria dispõem dos mesmos alimentos: goiaba, feijão, milho, arroz, inhame, mamão, banana, tomate, pimentão, pepino, repolho. Isso é o mais comum, mas encontramos às vezes outras raízes, plantas folheosas e algumas plantas medicinais.

Outra situacão positiva foi observar as casas na cidade com sua própria "hortinha". Toda esta estrutura se baseia em pequenos espaços que se transformam em alimento. Auto-sustento para uma sociedade mais resiliente.